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Mostrando postagens de julho, 2011

ANACORASE

Sob os auspícios do sangue dos mártires, a Igreja do Século II experimentava um crescimento semelhante à massa de pães, que quanto mais apanha, mais cresce.  Pouca ou quase nenhuma trégua era lhe dada pelos cézares que, embriagados pelo vinho do ódio destilado no inferno, nao se cansavam de tentar reter o poder revolucionador daquela que fora designada "Corpo de Cristo". Assim, a intensa perseguição afastou nossos irmãos à clandestinidade das galerias subterrâneas onde cultuavam a Deus e ali mesmo enterravam seus santos sob os epitáfios gravados nas paredes ecoando a bavura da impoluta Noiva do Cordeiro.   No entanto, houve um tempo na história em que a hecatombe pareceu dar vez a um suposto tempo de paz: Ocorreu que por volta do ano 312 o Imperador Constantino declarou o Cristianismo como religião oficial do Império. Para a igreja oprimida era um grande alívio. Trocar as fétidas catatumbas por suntuosas igrejas, não mais temer a coersão do Estado, não mais con