O EVANGELHO QUE ENVERGONHA!



Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. (Romanos 1:16)


Quando se deixa de lado o Evangelho Verdadeiro de Cristo não há mais nenhum poder nessa suposta mensagem do evangelho, muitos então tem que recorrer a todos aqueles pequenos truques de mercado, que são comumente usados hoje em dia para “converter” homens, mas eles NÃO funcionam. O Evangelho de Deus é perfeito e nada temos que adicionar a ele.

“E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3.15-17

Paulo nunca se envergonhou do Evangelho de Jesus Cristo. Ele entendeu que não existia outra maneira de transformar o homem e uma sociedade, senão pela proclamação do Evangelho, pois ele era e ainda é poder de Deus para salvar todos que creem em Jesus Cristo.


No entanto, atualmente há um tipo de evangelho que envergonha os verdadeiros cristãos. É o um evangelho sorrateiro que se prega hoje em dia. Por mais piedosos que pareçam, eu me envergonho dos seguintes falsos evangelhos:
 
Evangelho humanista: É um evangelho que tira Cristo do centro e coloca-se o homem. Deus é tratado como um garçom ou um gênio da lâmpada, tudo se baseia em troca, você faz sua parte e Deus fica “obrigado” a fazer a dEle. Deus é “adorado” pelo que Ele dá e não pelo que Ele é. É o evangelho de um deus que faz todos os seus filhos ascenderem profissional, social e financeiramente; o evangelho de um deus que não permite a um filho seu sofrer; o evangelho de um deus cuja vontade é atropelada pelo querer do homem, o qual determina, decreta e profetiza. Praticamente não se fala sobre pecado, arrependimento, novo nascimento e regeneração, afinal falar sobre esses assuntos poder prejudicar a autoestima das pessoas.

Quando o pecado é tratado de maneira superficial, estamos antes de tudo lutando contra o Espírito Santo. “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado” (Jo 16.8). Esses são enganadores quando lidam levianamente com o mal do homem, como os pastores nos dias de Jeremias. “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jr 6.14). (Paul Washer)1

Enquanto o homem não compreende que é mau todo o desígnio de seu coração (Gn 6.5), que a inclinação de sua natureza caída é de inimizade para com Deus (Rm 8.7), que ele é não só amante (Jo 3.19), mas escravo do pecado (2 Pe 2.19), não há possibilidade de arrependimento e, com efeito, salvação.

Evangelho Show ou do entretenimento: Deus reprova o evangelho-show! Por quê? Porque este oferece ao povo o que ele deseja, assim como fez Arão (Êx 32.1-6). Por influência desse falso evangelho, muitos cultos não têm mais espaço para a exposição da Palavra de Deus. No mínimo, dois terços das reuniões de “adoração” são preenchidas com cântico, música e irreverência. O evangelho do entretenimento não produz discípulos de Jesus, como ordena a Palavra do Senhor em Mateus 28.19: “fazei discípulos de todos os povos”. O falso evangelho em apreço desvia as pessoas da verdade. Ele as distancia da Palavra de Deus e as aproxima do mundanismo. Ele integra e induz os jovens a dançarem, a balançarem o corpo, a se divertirem, a se alegrarem, a se exibirem, a serem “o povo mais feliz da terra”. Mas estes — ainda que não admitam — continuam vazios, pois o que dá prazer realmente é andar segundo a lei do Senhor (Sl 1.1,2).  (Ciro Sanches Zibordi)2

Evangelho da prosperidade: De acordo com a falsa teologia da prosperidade, ser cristão implica ter uma vida abastada, longe dos problemas e enfermidades. Os propagadores desse “outro evangelho” comercializam “bênçãos”, mercadejando a Palavra do Senhor (2 Co 2.17, ARA). Afirmam que ser rico é uma prerrogativa do crente, associando de forma errada a pobreza à vida de pecado — dominada pelo Diabo — ou à falta de fé. Tais pregadores dão uma ênfase exagerada à contribuição financeira e priorizam a conquista de bênçãos na Terra. Com isso, desviam os crentes das doutrinas fundamentais da fé cristã. Precisamos aprender com Jesus, e não com os teólogos da prosperidade.  “Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna...” (Jo 6.27). (Ciro Sanches Zibordi)2

O apóstolo Paulo admoestou contra o desejo de ser rico. E por implicação, advertiu contra pregadores que incitam o desejo de ser rico ao invés de ajudar as pessoas a se livrarem disso. Ele alertou: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1Timóteo 6:9-10). Os pregadores da prosperidade deveriam advertir seus ouvintes de que há um tipo de prosperidade financeira que pode sufocá-los até a morte. (John Piper)3

Evangelho pagão: Escraviza pessoas com crendices, amuletos e superstições que não são encontradas e ordenadas na Bíblia. Desvia a fé, que deveria ser unicamente no Deus soberano, para objetos e unções falsas e extravagantes. Adiciona ao culto cristão cerimônias estranhas (orações em cima de peças de roupas, marchas com petições escritas em sandálias, rosa ungida, óleo santo de Israel e outros fetiches pagãos). Contribuindo para formação de crentes supersticiosos, místicos, adestrados à idolatria de objetos e de falsos profetas.

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. (2 Pedro 2:1-3)

Todos esses “outros evangelhos” ensinam uma doutrina estranha, que não condiz com a palavra de Deus, por isso devemos combater tais práticas.

Nós, servos do Senhor, devemos amar, proclamar e não se envergonhar do verdadeiro evangelho de Jesus.

“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.”  (1 Coríntios 2:1-2)

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15)

O evangelho começa com a natureza de Deus. Partindo disso, o evangelho trata da natureza do homem e de seu estado caído. E, com base nessas verdades, essas duas grandes colunas do evangelho estabelecem para nós o que deve ser conhecido por todo crente como o grande dilema. Qual é esse dilema? O maior problema em toda a Escritura é este: Deus é justo, e o ser humano não é. Deus é verdadeiramente justo, e todos os homens pecaram (Rm 3.23). Para satisfazer Sua justiça, Deus tinha de condenar o homem ímpio. Mas Deus, tendo em vista sua própria glória e demonstrando um grande amor por nós, enviou seu Filho, que viveu nesta terra como homem perfeito. E, depois, em harmonia com o plano eterno de Deus, o Filho morreu naquela cruz, no Calvário. E, naquela cruz, Ele levou o nosso pecado e, permanecendo ali como nosso substituto legal e assumindo a nossa culpa, se tornou maldição por nós. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro. (Gálatas 3:13). A evangelização contemporânea raramente deixa claro que Cristo foi capaz de redimir-nos porque foi esmagado sob a justiça de Deus – e, satisfazendo com sua morte a justiça divina, Deus agora é justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.  (Romanos 3:26) (Paul Washer)1

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4: 12)

Neste versículo o apóstolo Pedro nos diz que ninguém pode ser salvo do pecado e da sua culpa, nem do poder e das consequências que ele acarreta, a não ser por Jesus Cristo. Ninguém pode ter paz com Deus Pai e obter perdão nesse mundo, a fim de escapar da ira que virá no próximo, o inferno, a não ser através do resgate e da intercessão de Jesus Cristo. A rica provisão de Deus para a salvação dos pecadores está em Cristo – e nele somente; assim como também apenas em Cristo as misericórdias de Deus descem dos céus a terra.  Apenas o sangue de Cristo pode nos limpar; apenas sua retidão pode nos prover e é mérito apenas Dele termos um lugar no céu. Judeus e gentios, educados ou não, reis e pobres, todos devem ou ser salvos por Jesus ou caminhar para a perdição eterna. (J.C.Ryle )4

“Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” (1 João 4:9-10)

O Senhor Jesus Cristo é o conteúdo e o centro de tudo o que Deus revelou em sua Palavra. Jesus é o foco da história bíblica. É o âmago de todos os escritores sagrados, desvendando-se a Si mesmo à mente deles e guiando os seus escritos. Ele se revela nas páginas das Escrituras a cada pessoa que comissionou. Onde Cristo não é pregado, ali não existe pregação. (Stuart Olyot)5

Meu desejo é que todos, inclusive eu, venham a amar a Cristo e sua palavra de tal forma que diremos as mesmas palavras do apóstolo Paulo: “Em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. (Atos 20:24) e ainda declarar com todo a nossa alma:Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” (Filipenses 1:21) e por fim: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (2 Timóteo 4:7).

Que Deus em Cristo vos abençoe.

Por: Lilian Alexandre da Silva

Referências:
           (1)    Adaptado do Livro - 10 Acusações contra a Igreja Moderna – Ed. Fiel
           (2)    Blog do Ciro - http://cirozibordi.blogspot.com.br/
           (3)    Aos Pregadores da Prosperidade – Ed. Fiel
           (4)    Apenas um Caminho -Projeto Ryle - http://www.projetoryle.com.br/
           (5)    Pregação Pura e Simples – Ed. Fiel

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