INDÍCIOS DE VERÃO
"Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos". (Jeremias 8.20)
Brasil, 19 de janeiro de 2009. Estréia em
horário nobre na Rede Globo a novela Caminho das Índias. E dessa vez a
licença poética extrapolou todos os limites da verossimilhança. A
paisagem deplorável
do Ganjes foi transformada em cenário paradisíaco do amor entre os
protagonistas. A opulência dos brâmanes ganhou tom de suavidade. As
castas miseráveis bem menos reconhecidas que os dálitis não foram
abordadas. E a fome que atinge aos 30 milhões de flagelados
na Índia não ganhou cor na aquarela global. Fome que atinge pelo menos
1,2 bilhão de pessoas no mundo. O cavalo amarelo do Apocalipse não tem
se cansado de seus galopes continentais. Em tempos de alimentos
genéticamente modificados, a profecia de Malthus que
o mundo seria tão populoso, que a comida nao seria suficiente pra
todos, teve seu cumprimento cabal em terras onde o petróleo e o ouro não
compensam a carestia de alimentos básicos. Milhões procuram no lixo
qualquer resquício alimentar que sane uma demanda
crucial. Enquanto isso, outros milhões são gastos em fantasias que
perdem seu valor numa quarta-feira de cinzas. É a falta de calor humano
sendo suplantado pelo calor da eufórica apoteose do prazer.
Alemanha, 10 de novembro de 1989. A cortina de ferro construída para dividir o mundo entre socialista e capitalista era violentamente rasgada. O muro de Berlim simbolizava a remanescência da Guerra Fria e sua queda poria fim pra sempre às guerras no mundo. Irônica utopia! O que se viu depois disso foram mais de 100 guerras entre etnias, povos e raças. A queda do muro resolveu o problema da divisão geográfica mas nao foi capaz de unir os corações cheios de ganância e cobiça das nações pós-modernas. E foi por isso que o Oriente virou uma arena bélica. Que a Africa virou uma mãe frustrada tendo que resolver os conflitos dos próprios filhos em suas guerras tribais. Foi por isso que os homens bombas transformaram Maomé no mentor intelectual da guerra. Foi por isso que o 11 de setembro entrou pra história como o dia em que um bode com um chifre insigne entre os olhos feriu os dois chifres do carneiro e o jogou no chão, conforme profetizou Daniel (Dn 8.3-7).
Mas o cavalo preto do Apocalipse parece
que ainda verte sangue dos olhos. A sede de poder e imperialismo ainda
nao foi saciada em tempos de globalização. O mundo é um barril de
pólvoras prestes a
explodir. Os mais de 100 milhões de pessoas mortos em guerras no século
XX parece ainda nao ter sido suficiente para conter a fúria do monstro
do ódio que é dia a dia alimentado nos corações dos homens. E de que
vale uma vida se outras iguais podem ser geradas
em laboratórios?
Há qualquer momento vai começar o Verão que a Igreja Apostólica espera desde o dia em que os anjos profetizaram aos varões galileus que um dia Ele voltaria.
Tudo o que acontece hoje é sinal. É indício. É alerta. A figueira está florida. E os ceifeiros logo vem aí pra separar o trigo do joio. Portanto tenhamos cuidado para que nao estejamos aqui pra ver cumprido em nós o que disse o profeta Jeremias no texto transcrito no cabeçalho desta mensagem, que neste desfecho vale a pena reiterar:
Haiti, 13 de janeiro de 2010. Nao se podia
dizer com precisão qual era o número exato de vítimas que mais um
cataclismático terremoto havia feito naquela paupérrima nação. Falava-se
em 100 milhões
de vítimas fatais. Pelas ruas fétidas de Porto Príncipe, o flagelo
denunciava a flagrante destruição. O mundo assistiu assombrado a mais um
movimento das placas tectônicas, que desde o começo dos anos 90 já
tinham feito estragos por mais de 20 vezes desde
a Asia à América. E nao ficaria só nisso. Como se nao bastasse o tremor
na Argentina, na Guatemala, em El Savador, dessa vez o Chile é quem
seria o palco de mais um cenário apocalíptico que deixou 802 vítimas
fatais. Mas o mundo nao parou! O capitalismo continuou
freneticamente galopante, a serviço do afã natural dos homens de ter e
ter muito mais ainda!
Alemanha, 10 de novembro de 1989. A cortina de ferro construída para dividir o mundo entre socialista e capitalista era violentamente rasgada. O muro de Berlim simbolizava a remanescência da Guerra Fria e sua queda poria fim pra sempre às guerras no mundo. Irônica utopia! O que se viu depois disso foram mais de 100 guerras entre etnias, povos e raças. A queda do muro resolveu o problema da divisão geográfica mas nao foi capaz de unir os corações cheios de ganância e cobiça das nações pós-modernas. E foi por isso que o Oriente virou uma arena bélica. Que a Africa virou uma mãe frustrada tendo que resolver os conflitos dos próprios filhos em suas guerras tribais. Foi por isso que os homens bombas transformaram Maomé no mentor intelectual da guerra. Foi por isso que o 11 de setembro entrou pra história como o dia em que um bode com um chifre insigne entre os olhos feriu os dois chifres do carneiro e o jogou no chão, conforme profetizou Daniel (Dn 8.3-7).
México, 27 de abril de 2009. Nos hospitais
ninguém sabia diagnosticar o que era aquela praga que até então já
tinha feito 149 vítimas em todo o país. Desde a gripe esplanhola
nenhuma peste havia
sido tão fulminante. E aos poucos se alastrou malignamente pelos
Estados Unidos, Canadá, Espanha, Grã Bretanha, etc. E logo virou a gripe
suína, ou vírus influenza (H1N1). O novo mal pegou carona nos aviões e
atingiu todos os continentes recebendo título de
pandemia. Em todo o mundo, inúmeras pessoas morreram. O que seria isso?
Inssurreição da natureza? Praga? Ou o Cavalo Preto do Apocalipse? Mas
ninguém teve tempo de parar pra pensar nisso, porque no segundo seguinte
qualquer outra notícia mais interessante
afastou pra o silêncio eterno as vozes lúgubres dos mortos. Não houve
um minuto de silêncio, o mundo não parou de fazer barulho!
Jerusalém, 29dC. Já fazia 3 anos que
aquele intrigante capinteiro começara na pratica da oratória. As massas
eram facilmente atraídas, ora pelos seus milagres, ora pelo pão que ele
multiplicava
ou simplesmente para ouví-lo falar com a autoridade que nenhum outro
havia falado antes. Mas desta vez ele discursava a um grupo muito seleto
de discípulos. Cada palavra deveria suscitar pavor nos ouvintes. Afinal
o assunto em pauta era o fim do mundo. O conselho
de Cristo era pra que seus discípulos estivessem alerta porque num dia
qualquer, o monte sobre o qual estavam pisando poderia virar
fagulha e nao haveria pedra sobre pedra que nao seria
derribada. Mas antes desse cataclismo, sinais precederiam o fim.
Terremotos, pestes, fome, pragas, esfriamento do amor e o narcisismo
seriam os sinais que anunciariam o fim de tudo, tal qual as folhas
quando nascem nas figueiras, anunciam o advento do verão:
"Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se
tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está
próximo, às portas". (Mateus 24.32,33).
Planeta Terra, Hoje. O amor de muitos se
esfriou, a concupscência aumentou, o mundo tremeu, a natureza se
convulsionou, a ciência se multiplicou, os cavaleiros do apocalipse já
selaram seus equinos,
a fome virou moléstia, as pestes já dominaram a Africa, o dinheiro
virou protagonista, o amor livre virou moda em horário nobre, os pobres
foram trocados por um par de sapatos, os levitas penduraram as harpas
nos salgueiros, os profetas se deixaram levar pelo
prêmio de Balaão, o poder na igreja virou antropocêntrico, o pecado
virou entretenimento, o homem virou predador da própria espécie...
Planeta Terra, há qualquer momento. Tudo
isso é princípio do fim. Quem olhar atentamente pra o mundo ao seu redor
com olhar de cidadão do céu, há de perceber um vulto pairando no ar. Um
vento
veronil anunciando que qualquer dia desses uma horda angelical há de
começar o maior e mais rápido concerto de todos os tempos. Num
momentâneo tocar de trombetas, num compasso que durará um abrir e piscar
de olhos, o que é mortal será revestido da imortalidade,
e aqueles que não se conformam com o mundo em que estão vivendo, hão de
desenganar a gavidade para encontrar-se nos ares com Aquele em cuja
coxa está escrito "Rei dos reis e Senhor dos senhores".
Há qualquer momento vai começar o Verão que a Igreja Apostólica espera desde o dia em que os anjos profetizaram aos varões galileus que um dia Ele voltaria.
Tudo o que acontece hoje é sinal. É indício. É alerta. A figueira está florida. E os ceifeiros logo vem aí pra separar o trigo do joio. Portanto tenhamos cuidado para que nao estejamos aqui pra ver cumprido em nós o que disse o profeta Jeremias no texto transcrito no cabeçalho desta mensagem, que neste desfecho vale a pena reiterar:
"Passou a sega, findou o verão e nós nao estamos salvos". (Jeremias 8.20)
Gilson Hermsdorff
Gilson Hermsdorff
Gilson , linda mensagem.
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar da associação desse texto de Daniel ao atentando de 11 de setembro... curioso... fui ler mais na internet e me surpreendi.
Abraços,
Andeilson Gomes
Amém.
ResponderExcluirÉ sempre bom poder agregar algum valor no Reino!
Gilson